terça-feira, 23 de abril de 2013

DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA E DOS LÍQUIDOS


Dilatação volumétrica


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É aquela em que predomina a variação em três dimensões, ou seja, a variação do volume do corpo.

Para estudarmos este tipo de dilatação podemos imaginar um cubo metálico de volume inicial V0 e temperatura inicial θ0. Se o aquecermos até a temperatura final, seu volume passará a ter um valor final igual a V.



A dilatação volumétrica ocorreu de forma análoga ao da dilatação linear; portanto podemos obter as seguintes equações:

ΔV = V – V0
ΔV = V0 . γ . Δθ
V = V0 (1 + γ . Δθ)
Onde:
V = volume final
V0 = volume inicial
Δθ = θ – θ0 = variação da temperatura
γ = 3α = coeficiente de dilatação volumétrico

Obs:

Todos os coeficientes de dilatação, sejam αβ ou γ, têm como unidade: (temperatura)-1 --> ºC-1

Dilatação dos líquidos

Para líquidos, não tem sentido falar em coeficiente de dilatação linear ou superficial, já que eles não possuem forma própria. Só existe o coeficiente de dilatação volumétrica.


Suponhamos que se queira medir o coeficiente de dilatação real (βreal) de um determinado líquido. Para isso enche-se completamente um recipiente com o líquido, à temperatura inicialθ0.

O volume inicial da proveta e do líquido é V0. Ao se aquecer o conjunto até a temperatura finalθ, a proveta adquire o volume V e o líquido transborda, porque o coeficiente de dilatação do líquido é maior que o da proveta. O volume de líquido transbordado chama-se dilatação aparente do líquido (ΔVAp).



A dilatação real (total) do líquido (ΔVreal) é a soma do volume de líquido transbordado (dilatação aparente ΔVap) com a dilatação do recipiente (ΔVrec), ou seja

ΔVreal = ΔVap + ΔVrec(I)
Assim, por exemplo, se o recipiente aumentou seu volume em 2 cm3 (ΔVrec = 2 cm3) e o líquido transbordou 3 cm3 (ΔVap = 3 cm3), concluímos que a dilatação real do líquido foi >ΔVreal = 3 + 2 = 5 cm3

A dilatação aparente (ΔVap) e a dilatação do recipiente (ΔVreal) são dilatações volumétricas. 

ΔVap = V0 . γap. Δq(II)
ΔVrec = V0 . γrec . Δq(III)
 



Mas a dilatação real do líquido vale:ΔVreal = V0 . γreal . Δq(IV)

Substituindo as equações II, III e IV na equação I, temos:γreal = γap + γrec

Portanto, o coeficiente de dilatação real do líquido é a soma do coeficiente de dilatação aparente do mesmo com o coeficiente de dilatação volumétrica do recipiente.

Exemplo:

Uma proveta de vidro é preenchida completamente com 400 cm3 de um liquido a 200°C. O conjunto é aquecido até 220°C. Há, então, um transbordamento de 40 cm3 do liquido. 

É dado γVidro = 24 . 10-6 ºC-1

Calcule:

a) o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do liquido (γap)

b) o coeficiente de dilatação volumétrica real do liquido (γreal)

SOLUÇÃO: 

a) O transbordamento do líquido é sua dilatação aparente: ΔVap = 40 cm3 .

Tem-se também a expressão Δt = 220 - 20 \ Δt = 200ºC

Da expressão da dilatação aparente de líquidos, escreve-se 

Logo 

b) Pela expressão γap + γvidro tem-se: γ = 500 x 10-6 + 24 x 10-6 \ γ = 424 x 10-6 °C-1

RESPOSTAS: 

a) γap = 500 x 10-6 °C-1 

b) γ = 424 x 10-6 °C-1 

 

O caso da água

A água é o líquido mais comum, no entanto, seu comportamento em termos de dilatação térmica é uma verdadeira exceção.


Gráfico I

Gráfico II


O gráfico I mostra esse comportamento: de 0°C até 4°C o volume da água diminui com o aquecimento. Somente a partir de 4°C é que, com o aquecimento, a água aumenta de volume (como acontece aos demais líquidos).

O gráfico II descreve a variação da densidade da água com a temperatura. Como a densidade de um corpo é a sua massa (m) dividida pelo seu volume (V), ou seja, , tem-se que a densidade da água é inversamente proporcional ao seu volume durante a variação da temperatura, pois a massa permanece constante. 

Assim, de 0°C a 4°C a densidade da água aumenta com o aquecimento, pois seu volume diminui; a partir de 4°C a densidade da água diminui com o aquecimento, porque seu volume aumenta.

A densidade da água é máxima a 4°C e seu valor é 1,0000 g/cm3. Em todas as outras temperaturas sua densidade é menor.





Exercícios resolvidos


1. (VUNESP-SP) A dilatação térmica dos sólidos é um fenômeno importante em diversas aplicações de engenharia, como construções de pontes, prédios e estradas de ferro. Considere o caso dos trilhos de trem serem de aço, cujo coeficiente de dilatação é α = 11 . 10-6 °C-1. Se a 10°C o comprimento de um trilho é de 30m, de quanto aumentaria o seu comprimento se a temperatura aumentasse para 40°C?

a) 11 . 10-4 m 
b) 33 . 10-4 m 
c) 99 . 10-4 m 
d) 132 . 10-4 m 
e) 165 . 10-4 m 

RESOLUÇÃO:

O cálculo da dilatação linear ΔL, do trilho é:

ΔL = L0 . α . Δθ

ΔL = 30 . (11 . 10-6) . (40 – 10) = 99 . 10-4 m

RESPOSTA: C

2. (UFPE) - O gráfico abaixo representa a variação, em milímetros, do comprimento de uma barra metálica, de tamanho inicial igual a 1,000m, aquecida em um forno industrial. Qual é o valor do coeficiente de dilatação térmica linear do material de que é feita a barra, em unidades de 10-6 ºC-1.

RESOLUÇÃO:

ΔL = L0 . α . Δθ

15 = 1000 . α . (500 - 0)

α = 30. 10-6 ºC-1
RESPOSTA: 30

 

3. O que acontece com o diâmetro do orifício de uma coroa de alumínio quando esta é aquecida?

RESOLUÇÃO

A experiência mostra que o diâmetro desse orifício aumenta. Para entender melhor o fenômeno, imagine a situação equivalente de uma placa circular, de tamanho igual ao do orifício da coroa antes de ser aquecida. Aumentando a temperatura, o diâmetro da placa aumenta.




4. Os componentes de uma lâmina bimetálica são o aço e o zinco. Os coeficientes de dilatação linear desses metais são, respectivamente, 1,2 . 10-5 °C-1 e 2,6 . 10-5 °C-1. Em uma determinada temperatura, a lâmina apresenta-se retilínea. Quando aquecida ou resfriada, ela apresenta uma curvatura. Explique por quê.

RESOLUÇÃO

Como αzinco > αaço, para um mesmo aumento de temperatura o zinco sofre uma dilatação maior, fazendo com que na lâmina ocorra uma dilatação desigual, produzindo o encurvamento. Como a dilatação do zinco é maior, ele ficará na parte externa da curvatura. No resfriamento, os metais se contraem. O zinco, por ter g maior, sofre maior contração. Assim, a parte de aço ocupa a parte externa da curvatura.







CRÉDITOS AO SITE ORIGINAL:

Prof. Ivan de Abreu Magalhães

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/fisica/termologia/dilatacao_termica/termologia_2_5_dilat_liquido

DINÂMICA - Forças em Blocos e Força de Atrito (FAT)


SISTEMA DE FORÇAS - BLOCOS


Blocos em contato na horizontal

Considere dois corpos em contato sendo empurrados por uma força F sobre uma superfície sem atrito. Observa-se que eles trabalham com a mesma aceleração.


Separando os corpos, pode-se estudar as forças que agem em cada corpo isoladamente:





Para o bloco A, tem-se:







Para o bloco B, tem-se:







Fazendo um sistema de equações com I e III, tem-se:

          





Assim pode-se determinar a aceleração dos corpos e a força trocada entre eles.


Blocos ligados por fio em superfície lisa

Neste caso, também não será considerada a existência do atrito. Considere que os corpos sejam puxados por uma força F.


Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:


Aplica-se a segunda lei de Newton para cada corpo e resolve o sistema:


 


Um dos corpos pendurados

Para efetuar este cálculo faz-se da mesma forma que apresentado anteriormente.

No exemplo a seguir, considerando a inexistência de atrito em A, qualquer massa de B será suficiente para deslocar o conjunto.


Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplicando a segunda lei de Newton nos dois corpos:









FORÇA DE ATRITO


Força de atrito



É fácil observar que várias atividades diárias são possíveis devido ao atrito entre as superfícies como caminhar, mudar a direção de nosso movimento e até parar.

O atrito é uma força trocada entre superfícies rugosas contra um deslizamento ou possível deslizamento. Para isso é necessário que haja uma força de compressão entre elas.


Atrito estático

Ocorre quando o corpo encontra-se em repouso. Sua intensidade varia de zero até um valor máximo (chamado de atrito de destaque), dependendo da intensidade da força aplicada no corpo. A intensidade da força de atrito de destaque é dada por:


Para que o corpo deslize sobre a superfície é necessário que uma força, na mesma direção da superfície, seja aplicada no corpo e tenha intensidade maior que o atrito de destaque

Atrito cinético

Ocorre quando o corpo desliza sobre uma superfície. Sua intensidade é constante e dada por:

O gráfico a seguir apresenta o desempenho da força de atrito agindo num corpo.



Aplicações da segunda lei de Newton com atrito

Observa-se que com o atrito considerado nos problemas, tem-se situações mais próximas da realidade.

Nos casos a seguir, as superfícies são rugosas e devido a isso será considerada a existência de atrito.

Passos para o cálculo da aceleração e da força entre os corpos.

Separando os corpos, podem-se estudar as forças que agem em cada corpo isoladamente:

(Corpo A)      
(Corpo B)           


                     

Assim pode-se determinar a aceleração dos corpos e a força trocada entre eles.

Um dos corpos pendurados

Observe que dependendo da intensidade da força de atrito e do peso do corpo B, o sistema poderá não entrar em movimento.


Aplicando a segunda lei de Newton nos dois corpos:

(corpo A)    T - AA = mA . a
(corpo B)    PB – T = mB . a
 




CRÉDITO AO  SITE ORIGINAL : 
http://minhasaulasdefisica.blogspot.com.br